quinta-feira, 26 de março de 2009

Variadas estratégias de marketing político têm sido utilizadas, viagrandes meios, para tentar fazer baixar os índices de popularidade doatual governo federal brasileiro, bem como de todos os países nosquais lideranças populares chegaram em épocas recentes ao poder(Bolívia, Venezuela, Equador, etc.).Uma delas é a divulgação ostensiva de uma crise cuja origem não éaqui, e cujas conseqüências têm sido combatidas nestes países demaneira bastante eficaz, com políticas elogiadas pelos maiores expertsmundiais em economia. A jogada é tentar atribuir a crise e suasconseqüências aos governos destes países, embora os mesmos não tenhamcontribuído em nada para a sua eclosão ou continuidade.Outro artifício bastante conhecido é fazer campanhas diáriasdenunciando corrupção política, mesmo que não seja de pessoas ligadasaos partidos governistas, para com isso generalizar a idéia de quetodos os políticos são corruptos e desmerecedores de confiança.Massificando as noções de que há uma crise que mais cedo ou mais tardeirá afetar os bolsos de todos e que a culpa seria dos políticos dosnossos países, tentam assim inviabilizar a continuidade destesgovernos ou ofuscar suas conquistas.Divulgando apenas dados negativos, mesmo que existam outros bastante positivos, tenta-se assim criar as condições para que nestes paísesvoltem a ascender governos conservadores, os mesmos que venderam asestatais e aceitaram políticas de subserviência aos grandes centros capitalistas mundiais durante décadas, sem restrições.Por outro lado, nunca se falou tanto em corrupção como agora e antesdos golpes militares que assolaram o continente por várias décadas, apartir dos anos 60. É a tática de dizer que nunca as coisas foram tãoruins, para que assim os 'salvadores da pátria' se apresentem e nos'redimam'. São os 'redentores da pátria', os que vieram para'endireitar o que está torto' ...
Com salvadores como estes, que inimigos podemos temer?

quarta-feira, 18 de março de 2009

100 Livros Essenciais da Literatura Mundial
O ranking das melhores obras da história em todos os gêneros

1) Ilíada - Homero
2) Odisséia – Homero
3) Hamlet – William Shakespeare
4) Dom Quixote – Miguel Cervantes
5) A Divina Comédia – Dante Alighieri
6) Em Busca do Tempo Perdido – Marcel Proust
7) Ulysses – James Joyce
8) Guerra e Paz – Leon Tolstoi
9) Crime e Castigo – Dostoievski
10) Ensaios – Michel de Montaigne

11) Édipo Rei – Sófocles
12) Otelo - William Shakespeare
13) Madame Bovary – Gustav Flaubert
14) Fausto – Goeth
15) O Processo – Franz Kafka
16) Doutor Fausto – Thomas Mann
17) As Flores do Mal – Charles Baudelaire
18) Som e a Fúria – William Faulkner
19) A Terra Desolada – T. S. Eliot
20) Teogonia – Hesíodo

21) As Metamorfoses - Ovídio
22) O Vermelho e o Negro – Stendhal
23) O Grande Gatsby – F. Scottt Fitzgerald
24) Uma Estação no Inferno - Arthur Rimbaud
25) Os Miseráveis - Victor Hugo
26) O estrangeiro - Albert Camus
27) Medéia - Eurípides
28) A Eneida - Virgílio
29) Noite de Reis - William Shakespeare
30) Adeus às Armas - ernest Hemingway

31) Coração das Trevas - Joseph Conrad
32) Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley
33) Mrs. Dalloway - Virginia Woolf
34) Moby Dick - Herman Melville
35) Histórias Extraordinárias - Edgar Allan Poe
36) A Comédia Humana - Balzac
37) Grandes Esperanças - Charles Dickens
38) O Homem Sem Qualidades - Robert Musil
39) As Viagens de Gulliver - Jonathan Swift
40) Finnegans Wake - James Joyce

41) Os Lusíadas - Luís de Camões
42) Os Três Mosqueteiros - Alexandre Dumas
43) Retrato de Uma Senhora - Henry James
44) Decameron - Bocaccio
45) Esperando Godot - Samuel Beckett
46) 1984 - George Orwell
47) Galileu Galilei - Bertolt Brecht
48) Os Cantos de Maldoror - Lautréamont
49) A Tarde de um Fauno - Mallaemé
50) Lolita - Vladimir Nabokov

51) Tartufo - Molière
52) As Três Irmãs - Anton Tcheckov
53) O Livro das Mil e Uma Noites
54) Don Juan - Tirso de Molina
55) Mensagem - Fernando Pessoa
56) Paraíso Perdido - Jonh Milton
57) Robinson Crusoe - Daniel Defoe
58) Os Moedeiros Falsos - André Gide
59) Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
60) Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde

61) Seis Personagens em Busca de um Autor - Luigi Pirandello
62) Alice no País das maravilhas - Lewis Carrol
63) A Náuse - Jean-Paul Sartre
64) A Consciência de Zeno - Ítalo Svevo
65) Longa Jornada Noite Adentro - Eugene O'Neill
66) A Condição Humana - André Malraux
67) Os Cantos - Ezra Pound
68) Canções da Inocência /C.do Exílio - William Blake
69) Um Bonde Chamado Desejo - Teneessee Williams
70) Ficções - Jorge Luis Borges

71) O Rinoceronte - Eugène Ionesco
72) A Morte de Virgílio - Herman Broch
73) As Folhas da Relva - Walt Whitman
74) Deserto dos Tártaros - Dino Buzatti
75) Cem Anos de Solidão - Gabriel García Marques
76) Viagem ao Fim da Noite - Louis-Ferdinand Céline
77) A Ilustre Casa de Ramires - Eça de Queirós
78) Jogo da Amarelinha - Júlio Cortázar
79) As Vinhas da Ira - John Steinbeck
80) Memórias de Adriano - Marguerite Yourcenar

81) O Apanhador no Campo de Centeio - J.D. Salinger
82) Huckleberry Finn - Mark Twain
83) Contos de Hans Christian Andersen
84) O Leopardo - Tomaso di Lampedusa
85) Vida e Opiniões do Cavaleiro Tristam Shandy - Laurence Sterne
86) Passagem Para a Índia - E.M Forster
87) Orgulho e Preconceito - Jane Austen
88) Trópico de Câncer - Henry Miller
89) Pais e Filhos - Ivan Turgueniev
90) O Náufrago - Thomas Bernhard

91) A Epopéia de Gilgamesh
92) O Mahabharata
93) As Cidades Invisíveis - Ítalo Calvino
94) On The Road - Jack Kerouac
95) Lobo da Estepe - Hermann Hesse
96) Complexo de Portnoy - Philip Roth
97) Reparação - Ian MacEwan
98) Desonra - J.M. Coetzee
99) As Irmãs Makioka - Junichiro Tanizaki
100) Pedro Páramo - Juan Rulfo


Pra mim faltam "só" 88
(Y)

domingo, 15 de março de 2009

De ontem em diante, eu...

Quero fazer da minha vida, uma realização só minha.
Quero olhar pra trás e ter orgulho de tudo que conquistei. Olhar pro hoje e ter esperanças de um futuro bom. Olhar pro futuro e imaginar um caminho perfeito, mesmo com seus inúmeros problemas.
Quero viver sem me arrepender mesmo do que deixei de fazer. Quero fazer tudo e imaginar que se não fizesse seria pior. Imaginar que valeu a pena ficar com aquela ressaca fudida depois de uma noite divertida. Imaginar que se eu escolhesse ouvir o conselho do meu pai, eu estaria passando dificuldades hoje. Imaginar que tudo que vivi, foi o melhor que eu poderia viver.
Quero continuar me apaixonando todos os dias pela Louisie. Viver com ela a vida a dois que eu sempre imaginei. E, se preciso for, discutir com ela todos os dias para que no final eu me lembre o quanto ela é importante pra mim.
Quero fazer os melhores amigos do mundo. Mandar as pessoas que eu não gosto tomar no cu. Preocupar-me se o que faço da minha vida afeta as pessoas que gosto, sem deixar que minhas maiores paixões se excluam da minha vida.
Quero falar alto quando beber. Parar de esconder o que me deixa puto. O que me deixa triste. O que me deixa feliz.
Quero me formar. Ter um filho, uma casa e uma fazenda para passar um fim de semana ou outro, curtindo a natureza que ainda resta no país.
Eu quero viver. Eu quero ser feliz.

sábado, 14 de março de 2009


" À frouxidão da estrtutura social, à falta de hierarquia organizada devem-se alguns dos episódeos mais singulares da história das nações hispânicas, incluindo-se nelas Portugal e o Brasil. Os elementos anárquicos sempre frutificaram aqui facilmente, com a cumplicidade ou a indolência displicente das instituições e consutmes."
Sérgio Buarque de Holanda

quinta-feira, 12 de março de 2009

Neoliberalismo e cultura (Esse texto é lindo)


sábado, 30 de agosto de 2008

Frei Betto

O neoliberalismo não visa a destruir apenas as instâncias comunitárias criadas pela modernidade, como família, sindicato, movimentos sociais e Estado democrático. Seu projeto de atomização da sociedade reduz a pessoa à condição de indivíduo desconectado da conjuntura sócio-política-econômica na qual se insere, e o considera como mero consumidor. Estende-se, portanto, também à esfera cultural.
Um dos avanços da modernidade foi, com o advento da democracia, reconhecer a pessoa como sujeito político. Este passou a ter, além de deveres, direitos. Dotado de consciência crítica, livrou-se da condição de servo cego e dócil às ordens de seu senhor, consciente de que autoridade não é sinônimo de verdade, nem poder de razão.
Agora, busca-se destituir a pessoa de sua condição de sujeito. O protótipo do cidadão neoliberal é o que se demite de qualquer pensamento crítico e, sobretudo, de participar de instâncias comunitárias. E para essa cultura da demissão voluntária contribui, de modo especial, a TV.
Em si, a TV é poderoso instrumento de formação e informação. Mas pode facilmente ser convertido em mecanismo de deformação e desinformação, sobretudo se atrelada à máquina publicitária que rege o mercado. Assim, a própria TV torna-se um produto a ser consumido e, portanto, centrado no aumento dos índices de audiência.
Para isso, recorre-se a todo tipo de apelação, desde que os telespectadores sintam-se hipnotizados pelas imagens. O problema é que a janela eletrônica está aberta para dentro do núcleo familiar. É ali que ela despeja a profusão de imagens e atinge indistintamente adultos e crianças, sem o menor escrúpulo quanto ao universo de valores da família.
Se a TV transmitisse cultura - tudo aquilo que aprimora a nossa consciência e o nosso espírito -, ela seria o mais poderoso veículo de educação. É verdade, não deixa de fazê-lo, mas a regra geral não são os programas de densidade cultural, e sim o mero entretenimento - distrai, diverte e, sobretudo, abre a caixa de Pandora de nossos desejos inconfessáveis. A imagem que "diz" o que não ousamos pronunciar.
Ao superar o diálogo entre pais e filhos e impor-se como interlocutora hegemônica dentro do núcleo familiar, a TV altera as referências simbólicas fundamentais do psiquismo infantil. É pelo falar que uma geração transmite a outra crenças, valores, nomes próprios, mega-relatos, genealogias, ritos, relações sociais etc. Transmite a própria aptidão humana de uso da palavra, através do qual se tece a nossa subjetividade e a nossa identidade. É essa interação, propiciada pelo diálogo oral, cara a cara, que nos educa às relações de alteridade, faz-nos reconhecer o eu diante do Outro, bem como as múltiplas conexões que ligam um ao outro, como emoções, imagens provocadas por gestos, expressões faciais carregadas de sentimentos etc.
A fala ou o diálogo demarcam referências fundamentais ao nosso equilíbrio psíquico, como a identificação do tempo (agora) e do espaço (aqui), e dos limites do meu ser em relação aos demais. Se a fala reduz-se a uma enxurrada de imagens que visam a exacerbar os sentidos, as referências simbólicas da criança correm perigo. Ela tende à dificuldade de construir seu universo simbólico, não adquirindo sensos de temporalidade e historicidade. Tudo se reduz ao "aqui e agora", à simultaneidade. A própria tecnologia que abrange distâncias em tempo real - Internet, telefone celular etc. - favorece uma sensação de ubiqüidade: "eu não estou em nenhum lugar porque estou em todos".
Muitos professores se queixam de que os alunos não são tão atentos às aulas. Claro, o sonho deles seria poder mudar o professor de canal... Muitas crianças e jovens demonstram dificuldade de se expressar porque não sabem ouvir. Possuem raciocínio confuso, no qual a lógica derrapa frequentemente no aluvião de sentimentos contraditórios. Acreditam, sobretudo, que são inventores da roda e, portanto, pouco interessa o patrimônio cultural das gerações anteriores (o financeiro sim, sem dúvida).
Assim, a cultura perde refinamento e profundidade, confina-se aos simulacros de talk-show, onde cada um opina segundo sua reação imediata, sem reconhecimento da competência do Outro. No caso da escola, este Outro é o professor, visto não só como destituído de autoridade, mas sobretudo como quem abusa de seu poder e não admite que os alunos o tratem de igual para igual... Ora, já que o professor não "escuta", então só há um meio de fazê-lo ouvir: a violência. Pois foram educados pela TV, onde não há o exercício da argumentação paciente, da construção elucidativa, do aprimoramento do senso crítico. É o perde ou ganha incessante, e quase sempre à base da coação.
Assim, cai-se numa educação qualificada por Jean-Claude Michéa de "dissolução da lógica". Deixa-se de distinguir o prioritário do secundário, de perceber o texto em seu contexto, de abranger o particular no pano de fundo do geral, para acatar passivamente as pressões de consumo que buscam transformar valores éticos em meros valores pecuniários, ou seja, tudo é mercadoria, e é o seu preço que imprime, a quem a possui, determinado valor social, ainda que destituído de caráter.
Demite-se do ato de pensar, refletir, criticar e, sobretudo, participar do projeto de transformar a realidade. Tudo passa a uma questão de conveniência, gosto pessoal, simpatia. Também são considerados comercializáveis a biodiversidade, a defesa do meio ambiente, a responsabilidade social das empresas, o genoma, os órgãos arrancados de crianças etc.
É o apogeu do capitalismo total, capaz de mercantilizar até mesmo o nosso imaginário.

"Tudo que uma pessoa recebe, sem que tenha trabalhado, virá necessariamente do trabalho de alguém que não receberá por isso.
Um governo não pode dar algo a quem quer que seja, que este mesmo governo não tenha tirado antes de outra pessoa.
Quando metade da população de um país entende que não precisa trabalhar, porque a outra metade da população cuidará e proverá por ela, a metade que se vê obrigada a prover a outra entenderá que não adianta trabalhar, porque o fruto de seu labor não será seu.E esse, meu amigo, é o fim de qualquer nação.
Não há como multiplicar a riqueza pela subtração.
Não é possível legislar em prol da liberdade dos pobres, legislando de forma a cortar a liberdade dos ricos."



Dr. Adrian Rogers, 1931 - 2005

AS NOTÍCIAS QUE CHEGAM A VOCÊ


Laerte Braga

A idéia que somos um País ungido pelo mundo do capital e que aqui os investimentos externos serão capazes de gerar progresso e pelo progresso será construído um paraíso, é exatamente o que querem fazer que você acredite. Chegam pela telinha da tevê todos os dias e pelo resto da mídia, empenhada em vender o modelo "virgens por burros".

É que no Paquistão duas tribos entraram em choque por conta de idiossincrasias e ofensas religiosas gerando mortes ao longo de mais de dez anos, até que um tribunal decidisse que aqueles que, supostamente, provocaram o choque deveriam indenizar os provocados em virgens para casamentos. Em troca vão receber um número de burros equivalente ao número de virgens.

Mais ou menos como a explicação científica que ocupou páginas de uma revista dita de ciência, sobre a possibilidade de um pum pegar fogo. É que o pum libera gás metano e daí... É o fim da picada.

Tome cuidado quando tiver vontade não libere o metano perto de material de fácil combustão.
O mundo escatológico. Bizarro.

Nisso você não percebe que uma empresa como a VALE (antiga VALE DO RIO DOCE), privatizada no governo de FHC, está transformando o Brasil numa imensa plantação de eucalipto, ocupando espaços estratégicos para o desenvolvimento real e efetivo do País e ganhando a condição de nação autônoma dentro do Brasil, acima e a margem da lei.
Arranjam logo dois ou três generais para proclamar que a culpa é dos índios e que a segurança e integridade do território nacional estão ameaçadas pelos índios. A FIESP/DASLU, outro enclave autônomo dentro do Brasil, paga as passagens de ida e volta e libera as verbas para a publicidade do sabão em pó que tira manchas.

Sai cheio de manchas, mas a propaganda garante e você compra.

Ermírio Moraes ocupa um estado inteiro, o Espírito Santo, transforma-o em propriedade privada. Expulsa índios, quilombolas e trabalhadores rurais de suas terras, polui de um jeito tal que na região de Vitória alergias respiratórias são regra geral, mas é progresso.
Ou uma senhora montada na governadoria do Rio Grande do Sul, metendo a mão na grana pública, tucana de genética comprovada, a não dizer nada e continuar impune. O jornal, JORNAL DO BRASIL, vai estampar na manchete da notícia que ela pertence ao partido adversário, pois recebe grana dos tucanos. É comprado.

A Brigada Militar do Rio Grande Sul baixa o sarrafo em cidadãos que caminham pelas ruas exigindo explicações e investigações sobre a governadora tucana e corrupta (pleonasmo) em nome da lei e da ordem. Que ordem? A do direito de tomar o dinheiro do trabalhador para transformar em mansões de luxo, iates, etc? O direito constitucional de manifestar-se não existe para a Brigada (PM). Não aprendem isso na escola, nem sabem do que se trata. Aprendem apenas a baixar o porrete, pegar grana com o traficante, inventar BOPEs da vida e formar milícias para achacar pessoas acuadas em favelas.

Pior, o buraco do metrô em São Paulo. O laudo pericial concluiu que a responsabilidade é do consórcio de empresas que fez a obra, do descaso na fiscalização pelo governo do Estado (Covas, Alckmin e Serra), tudo movido a propinas da ALSTON, empresa sueca especialista em obras públicas compradas a governos corruptos, no caso os dois últimos e o atual governo de São Paulo (estado ocupado pelo reino FIESP/DASLU).

Ninguém ouviu Boris Casoy de volta no filme diário de terror que apresenta por uma das telinhas gritar "é uma vergonha". A vergonha dele termina onde começam os interesses dos que o pagam.

Na telinha e nas revistas e jornais só o que interessa ao tal progresso, o deles. O resto é lixo, ou como disse o principal comandante "militar" na guerra contra a Venezuela, diretamente do quartel general do PROJAC, "o padrão de telespectador do nosso jornal é igual ao Homer Simpson".

A macaca Chita, companheira de Tarzã naquele negócio de "me Tarzã, you Jane", é candidata, com abaixo assinado, a colocar as mãos na calçada da fama em Hollywood. Há indignação entre expressiva parcela da opinião pública pelo fato de Chita, 76 anos, não ter ainda sido agraciada com tal mimo.

Não existe alternativa nessa ordem deliberadamente desorganizada e podre.

O exemplo da macaca Chita é o de menos. Se levarmos em conta que a gente imagina que Silvester Stallone é considerado bípede e fala, a Chita é um prodígio. Que Arnold Schwarzenegger é o governador da Califórnia, o futuro de fato está exterminado.

Cerca de 300 manifestantes ocuparam as linhas da ferrovia Vitória__Minas impedindo os trens da VALE de circularem. É um protesto contra a devastação ambiental promovida pela empresa e pelo fantástico poder do que era patrimônio nacional e hoje é grupo privado, enclave autônomo dentro do Brasil.

A empresa alega, ao defender-se, que os "prejuízos causados", no caso a outras empresas, o consórcio de máfias da iniciativa privada que saqueia e ocupa o País, é de monta, ou seja, os "negócios" ficam afetados.

O consórcio de máfias que domina o País e o transforma o Brasil em Roça de Cana de fato e de verdade é exatamente o de grandes empresas como a VALE, a ARACRUZ, as empresas que dominam o mercado de alimentos, o latifúndio, os donos do agronegócio, tudo ao vivo e a cores, com padrão digital ou mentiras montadas em edições e edições de VEJA. Da FOLHA SÃO PAULO, do ESTADO DE SÃO PAULO, ESTADO DE MINAS, ÉPOCA, GLOBO, BANDEIRANTES, o conjunto afinado que toca a música todo dia, o dia inteiro, na tarefa de dizer a você que tome cuidado, o seu pum pode pegar fogo.

Já o Brasil, aquele País que existia na América do Sul, voltou a ser colônia de uma nova ordem internacional e marcha célere para o século XVIII.

Tudo no faz de conta do progresso. Não precisam nem implantar chip para domesticar o que William Bonner chama de Homer Simpson. É só chamar a PM, em qualquer Estado, baixar a borduna e depois mostrar os "desordeiros". Já roubar, desde que seja tucano ou esteja no esquema dos norte-americanos Mangabeira Unger e Henry Meireles, pode. Não pode é roubar galinha. Tem que ser o galinheiro inteiro.

Vai ter sempre um general gritando que é nacionalista e que os índios são os culpados.

Índios somos todos nós cara pálida. Estão trocando virgens por burros nas nossas caras.

É o progresso.